segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

cultura da alface


Pragas que atacam a alface
As principais pragas que atacam a alface são: pulgão, lagarta minadora e tesourinha. Utilizar os seguintes produtos para controle: carbaryl, dimethoate, malathion, etc.

Doenças que atacam a alface
As principais doenças que atacam a alface são: septoriose, cercosporiose, tombamento, podridão de Sclerotinia, podridão da saia, míldio, mancha bacteriana, vírus do mosaico. Os produtos usados para controle: captan, folget, iprodione, oxicloreto de cobre, etc.

Dicas
·  Não pulverize com inseticidas perto da comercialização.
·  Faça a rotação com repolho, cenoura, couve-flor, beterraba e feijão-vagem. E evitar cultivos sucessivos de alface na área a fim de reduzir a ocorrência de doença.
·  Cultivares: lisa (verão e inverno), crespa (verão e inverno), crespa repolhuda (verão e inverno).
·  A irrigação deve ser freqüente, por infiltração ou por aspersão.
·  Os canteiros devem ser preparados de acordo com o sistema de irrigação a ser utilizado.
·  Cuidado na aplicação de água: água em excesso pode matar a planta.
·  Tratos culturais: cobertura morta, fazer desbaste deixando apenas 1 planta por cova. Controlar plantas daninhas, herbicidas registrados: fenoxapropetil, fluazifop-butil e glufosinato de amônio.

cultura da cenoura


Pragas que atacam a cenoura
As principais pragas que atacam a cenoura são: pulgão, lagarta, cochonilha e nematóide. Utilizar os seguintes produtos para controle: carbofuran, parathion methyl, carboryl, fenitrothion etc.

Doenças que atacam a cenoura
As principais doenças que atacam a cenoura são: manchas da folha, podridão-mole, mofo preto e queima da folha, ombro roxo ou verde. Os produtos usados para controle: captan, mancozeb, difenoconazole, iprodione, etc.


Dicas
·  O consumidor tem preferência às cenouras cilíndricas, lisas, sem raízes e de cor alaranjada intensa.
·  O momento da colheita é quando as folhas inferiores começam a amarelecer ou secar.
·  A Pulverização deve ser feita na parte da tarde, pois a lagarta ataca a planta à noite.
·  A irrigação deve ser feita por gotejamento, ou por aspersão em pequenas áreas, preferencialmente, leves e freqüentes.
·  Há Cultivares de inverno, primavera e verão, de acordo com as exigências do produtor, clima e região.
·  Tratos Culturais: limpeza com campinas ou herbicidas, desbaste entre 15 a 20 dias após a germinação.
·        Faça a rotação com plantas de outras famílias e adubo verde.

Varíola do Mamão

Os primeiros sintomas da doença nos frutos verifica-se quando estes, ainda pequenos e verdes, apresentam nos tecidos áreas circulares com aspecto encharcado, em cujo centro notam-se pontos esbranquiçados, tornando-se posteriormente pardacentos e salientes. O tamanho das manchas acompanham o desenvolvimento dos frutos, adquirindo coloração mais escura e atingindo apenas a camada externa do fruto, que fica mais endurecida, porém sem atingir a polpa.
Medidas preventivas e controle:
Porém, considerando a freqüência e intensidade da doença, quando necessárias, as medidas de controle devem ser tomados logo que apareçam os primeiros sintomas nas folhas mais velhas. Dentre os fungicidas, os mais eficientes são aqueles utilizados no controle de antracnose. Para o controle de mancha nos frutos, causadas pelos produtos utilizados, deve-se iniciar o tratamento no início da frutificação, evitando possíveis manchas nos frutos mais desenvolvidos.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Podridão-abacaxi

Causada pelo fungo Thielaviopsis paradoxa, a podridão-abacaxi é uma doença típica dos toletes, podendo causar prejuízos à cana colhida e deixada no campo. A penetração do patógeno ocorre pela extremidade seccionada ou por ferimentos na casca.
O tolete contaminado inicialmente apresenta uma coloração amarelo-pardacenta, passando à negra. Geralmente há destruição total do tecido parenquimatoso, permanecendo indestrutíveis os tecidos fibrovasculares. Os toletes atacados não germinam, provocando falhas na lavoura, podendo dar prejuízo total.  Durante o ataque pode haver exalação de odor típico, semelhante ao de abacaxi maduro.
A doença ocorre em função do atraso na germinação dos toletes, que pode ser motivado por seca e, principalmente, baixa temperatura.
Plantio em época correta, bom preparo do solo e colocação do tolete à profundidade adequada aceleram a germinação e constituem o melhor controle da doença.
Também é recomendado o tratamento químico dos toletes com Benomil a 35-40 g/100 litros de água do ingrediente ativo ou Thiadimefon 25 g/100 litros de água do ingrediente ativo, em banho de imersão durante 3 minutos.

Carvão

É uma doença sistêmica causada pelo fungo Ustilago scitaminea, e que encontra boas condições de desenvolvimento nas regiões subtropicais com inverno frio e seco.
O sintoma característico é a presença de um apêndice na região apical do colmo, medindo de 20 a 50 cm de comprimento por 0,5 a 1,0 cm de diâmetro. Inicialmente, esse "chicote" apresenta cor prateada, passando posteriormente à preta, devido à maturação dos esporos nele contidos.
A transmissão ocorre pelo plantio de mudas doentes, pelo vento que dissemina os esporos e pelo solo contaminado.
A doença provoca um verdadeiro definhamento na cana-de-açúcar, gerando internódios finos e curtos, dando à planta uma semelhança de capim. Os rendimentos agrícola e industrial são severamente afetados.
O controle é feito por meio de variedades resistentes, tratamento térmico, "roguing", plantio de mudas sadias e proteção química das mudas com fungicida à base de Triadimefon 25 g/100 litros de água do ingrediente ativo em banho de imersão durante 10 minutos, ou pulverização no fundo do sulco de plantio com 500 g do ingrediente ativo por hectare.

Mosaico

Trata-se de uma doença sistêmica, causada por vírus e que, no passado, acarretou seríssimos prejuízos à agroindústria mundial, inclusive à brasileira, chegando a dizimar certas variedades com extenso cultivo na época. A transmissão da doença ocorre através do plantio de tolete contaminado e pelos pulgões.
O principal sintoma surge nas folhas jovens do cartucho, sob a forma de pequenas estrias cloróticas no limbo foliar, causando uma alternância entre o verde normal da folha e o verde claro das estrias. Dependendo da linhagem do vírus e da variedade atacada, os sintomas visuais são diferentes. Em alguns casos o quadro é invertido, predominando o verde-claro, em conseqüência do grande número e coalescencia das estrias amareladas.
A baixa produtividade das lavouras enfermas é conseqüência do subdesenvolvimento das plantas e baixo perfilhamento das touceiras, sendo que os prejuízos estão em função da resistência varietal, grau de infecção e virulência do agente etiológico.
O controle é realizado pela adoção de variedades resistentes, plantio de mudas sadias e práticas de "roguig".

Nematóides

Nas mais diferentes culturas do mundo, os nematóides parasitos de plantas têm sido responsáveis por uma parcela significativa de perdas provocadas pela destruição do sistema radicular.
Dentre as diversas plantas que os nematóides atacam, merece destaque a cana-de-açúcar. Nessa cultura os prejuízos alcançaram a cifra anual de 16 milhões de dólares, com uma estimativa de perda da ordem de 15 a 20%.
Em estudos conduzidos em condições de viveiro telado, plantas sadias que foram comparadas com outras, atacadas por nematóides das galhas, Meloydogyne javanica, mostraram diminuição de 43% na produção de colmos.
Entre os métodos viáveis de controle a serem utilizados em cana-de-açúcar, podem ser citados o controle químico e o varietal.
O controle químico consiste na aplicação, no solo e no momento do plantio, de substâncias conhecidas como nematicidas. Em geral, esses produtos podem eliminar até 90% da população de nematóides de uma área e, quando empregados corretamente, têm proporcionado resultados altamente compensatórios.
Nas condições brasileiras, os melhores resultados tem sido obtidos com os nematicidas Counter 50 G, na dosagem de 60 kg/ha e com Furadan, na formulação 350 SC, aplicado a 8,5 litros/ha, ou na formulação 50 G, empregado na quantidade de 60 kg/ha. Os acréscimos na produtividade, obtidos com esses tratamentos, são da ordem de 20 a 30 toneladas de cana por hectare.
O controle varietal, através do uso de variedades resistentes ou tolerantes, é o método mais prático e econômico. Contudo, os fatores que conferem à cana-de-açúcar os caracteres de alta produtividade e riqueza em açúcar são, geralmente, antagônicos àqueles que propiciam rusticidade, tais como resistência às pragas e doenças, além da não-exigência em fertilidade de solo. É preciso considerar também o fato de que é possível constatar, numa mesma área, altas populações de duas ou mais espécies de nematóides, e que, nem sempre, uma mesma variedade de cana se comporta como resistente ou tolerante em relação às diferentes espécies de nematóides. Assim, é importante a determinação correta dos nematóides presentes numa determinada área e o conhecimento do modo como as variedades de cana se comportam em relação à eles.
A coleta de material para análise nematológica deve considerar alguns cuidados importantes, tais como:
 - retirar amostras de raízes e solo com umidade natural, sendo fundamental a presença de raízes vivas;
 - coletar a uma profundidade de 0 a 25 cm, caminhando em ziguezague pela área;
 - cada amostra deve ser feita separadamente quanto ao tipo de solo, variedade, idade da planta e uso de insumos agrícolas (matéria orgânica e nematicida);
 - coletar de 5 a 10 subamostras por hectare. Misturá-las e tomar uma amostra composta com pelo menos 1 litro de solo e 50 g de raízes;
 - acondicionar as amostras em sacos plásticos resistentes e enviá-las o mais breve possível para o laboratório, sempre acompanhada de uma ficha de identificação.

Gorgulho-rajado ou besouro-da-cana

O Sphenophorus levis, conhecido como gorgulhao-rajado ou besouro-da-cana, é a mais recente praga da cana-de-açúcar. Semelhante ao bicudo do algodão, tem o dobro do tamanho, medindo cerca de 15 mm. Assemelha-se também ao Metamasius hemipterus, praga da parte aérea da cana. Desprovido de manchas nos élitros, o S. levis tem hábitos noturnos, apresenta pouca agilidade e simula-se de morto quando atacado.
A postura dos ovos é realizada ao nível do solo, ou mais abaixo, nos rizomas. As larvas nascidas são brancas, com cabeça e corpo volumosos, ápodas, de hábitos subterrâneos e elevada sensibilidade ao calor e à desidratação. Elas penetram nos rizomas, em busca de alimento e abrigo, construindo galerias irregulares onde permanecem até os primeiros dias do estádio adulto. Bloqueando a parte basal das plantas e rizomas, surge amarelecimento do canavial, morte das plantas e falhas nas soqueiras. A intensidade dos prejuízos esta em função da população da praga.
Até o momento, o controle recomendado é feito durante a reforma do talhão, através de uma aração nas linhas de plantio, procurando revolver os restos culturais e expor as larvas à ação dos raios solares e inimigos naturais. Cerca de 2 a 3 semanas após, complementa-se essa operação com enxada rotativa para triturar e acelerar a seca do material. Duas semanas depois, faz-se o preparo normal do solo.
O uso de iscas envenenadas constitui outro método de controle. As iscas constam de duas metades de um tolete de aproximadamente 30 cm, seccionado longitudinalmente, dispostas lado a lado. As iscas são previamente mergulhadas em solução inseticida por cerca de 12 horas; as faces seccionadas devem estar em contato com o solo e cobertas com capim.

Elasmo

Além da cana-de-açúcar, o Elasmopalpus lignosellus ataca também o milho, arroz, amendoim, trigo, sorgo, feijão, soja, algodão, etc..., durante o desenvolvimento inicial da cultura. O adulto realiza a postura na parte aérea da cana. As larvas recém nascidas alimentam-se inicialmente de folhas, caminham em direção ao solo e, na altura do colo, perfuram o broto, abrindo galerias no seu interior. No orifício de entrada do túnel, as larvas constroem, com fios de seda, terra  e detritos, um abrigo de forma tubular, onde permanecem a maior parte do dia, saindo à noite para atacar outras plantas jovens nas proximidades. A perfuração basal na planta nova provoca a morte da gema apical, seguida de amarelecimento e seca das folhas centrais, surgindo o conhecido coração-morto.
Em muitos casos a planta atacada morre, gerando falhas na lavoura; em outros casos, a planta recupera-se emitindo perfilhos. Os prejuízos são mais intensos na cana planta.
Em glebas infestadas, onde a praga constitui problemas, pode-se indicar o controle químico, por meio de pulverizações dirigidas ao colo das plantinhas e realizadas ao entardecer, com soluções inseticidas à base de Carbaril 125 g/100 litros de água ou Acefato 45 g/100 litros de água ou Deltametrina 1 cm3/100 litros de água.

Broca-da-cana

Os prejuízos decorrentes do ataque são a perda de peso devido ao mau desenvolvimento  das plantas atacadas, morte de algumas plantas, quebra do colmo na região da galeria por agentes mecânicos e redução da quantidade de caldo. Além desses, o principal prejuízo é causado pela ação de agentes patológicos, como o Fusarium moniliforme e Colletotrichum falcatum, que penetram pelo orifício ou são arrastados juntamente com a lagartinha, ocasionando, respectivamente, a podridão-de-fusarium e a podridão-vermelha, responsáveis pela inversão e perda de sacarose no colmo.
Para nossas condições de clima quente, o controle químico não apresenta os efeitos desejados. O mais eficiente é o controle biológico através de inimigos naturais que, criados em laboratórios, são liberados no campo, em glebas previamente levantadas, para determinar a intensidade de infestação.
Os inimigos naturais que melhor se aclimataram na região e desempenham maior eficiência no controle da broca são o microhimenóptero Apanteles flavipes e os dípteros Metagonystilum minense e Paratheresia claripalpis.
Algumas medidas culturais auxiliares podem ser adotadas, com o uso de variedades resistentes, corte da cana o mais rente possível do solo; evitar o plantio de plantas hospedeiras (arroz, milho, sorgo e outras gramíneas) nas proximidades do canavial e queimadas desnecessárias, principalmente o "paliço".

Besouro Migdolus

O Migdolus fryanus é um besouro da família Cerambycidae, que, em sua fase larval, ataca e destrói o sistema radicular de várias culturas, entre elas a cana-de-açúcar.
As perdas provocadas por esse inseto podem variar de algumas toneladas de cana por hectare até, na maioria dos casos, a completa destruição da lavoura, resultando na reforma antecipada mesmo de canaviais de primeiro corte.
Além das dificuldades normais de controle de qualquer praga de solo, o desconhecimento de várias fases do ciclo desse coleóptero complica ainda mais o seu combate. Entretanto, os esclarecimentos atuais, fruto dos avanços tecnológicos alcançados nos últimos 5 anos, tem possibilitado, de certa forma, obter resultados satisfatórios de controle dessa praga.
As condições de seca, bem como a redução ou mesmo a eliminação do uso de inseticidas organoclorados (Aldrin, Heptacloro, Thiodan), anotada em muitas usinas e destilarias, resultaram num aumento significativo das áreas atacadas pelo Migdolus fryanus, principalmente nos Estados de São Paulo e Paraná.
Controle Químico
O método mais simples e pratico de controle é o químico aplicado no sulco de plantio. Essa forma de aplicação de inseticidas tem revelado resultados promissores no combate a essa praga.
Experimentos mostraram que o emprego de inseticidas organoclorados (Endosulfan 350 CE) apresentou reduções significativas na população e no peso das larvas de Migdolus.

sábado, 11 de dezembro de 2010

cupins


Os cupins são insetos sociais, de hábitos subterrâneos, pertencentes à Ordem Isoptera. Existem cerca de 2500 espécies e vivem em colônias altamente organizadas, onde o princípio básico é a sobrevivência da colônia e não do indivíduo. A alimentação preferida é a matéria orgânica morta ou em decomposição, mas alimentam-se também de vegetais vivos.
Os principais prejuízos ocasionados pela infestação de cupins são causados aos toletes destinados aos novos plantios. Penetrando pelas extremidades, os cupins destroem o tecido parenquimatoso e as gemas, causando falhas na lavoura. Nas brotações, o ataque ocorre no sistema radicular, provocando debilidade da nova planta. Logo após o corte, e principalmente quando houve queima do talhão, o ataque ocorre na soqueira através da incisão dos tocos e conseqüente destruição das raízes e rizomas.
Nas canas adultas, a penetração ocorre através dos órgãos subterrâneos secos, atingindo até os primeiros internódios. Cana cortada e deixada por algum tempo no campo também é atacada pelos cupins. Havendo escassez de matéria orgânica decomposta, os cupins podem atacar folhas de brotações novas. A destruição dos ninhos e dos restos culturais, através de um profundo preparo do solo, constitui um método de controle.
Na cultura da cana-de-açúcar, os cupins podem causar danos de até 10 toneladas por hectare no ano, o que representa cerca de 60 toneladas por hectare durante o ciclo da cultura.
Já foram identificadas junto à cana-de-açúcar mais de 12 espécies de cupins e há outras em fase de identificação. Dentre as já enumeradas, as mais danosas pertencem às espécies Hetterotermes tenuis, Hetterotermes longiceps, Procornitermes triacifer, Neocapritermes opacus e Neocapritermes parcus. No Nordeste, os cupins mais importantes pertencem aos gêneros Amitermes, Cylindrotermes e Nasutitermes.